Na Bahia tem...

Iê!
Segue alguns comentários sobre dois dos eventos que movimentaram a Bahia em janeiro. Infelizmente, não conseguimos participar do XXII EVENTO DA ESCOLA DE CAPOEIRA ANGOLA IRMÃOS GÊMEOS DE MESTRE CURIÓ, em Salvador/BA. Mas já acessamos sua biografia, lançada no evento, organizada pelo professor Jorge Conceição, e pode ser que consigamos fazer o lançamento do livro aqui no Rio de Janeiro também.

No entanto, a experiência no PERMANGOLA, promovido pelo Mestre Cobra Mansa (http://www.kilombotenonde.com) foi enriquecedora. Poderíamos estruturar este evento a partir de três bases: a capoeira angola (entre outros detalhes relacionados a ela, quase todos os participantes do evento eram/são capoeiristas interessados em transformações significativas nos modos de vida de nossa sociedade, pautadas na harmonização do ser humano e seu ambiente); a permacultura e seus desdobramentos (apontando para intervenções humanas conscientes e ecologicamente sustentáveis, especialmente na produção de comida e na construção); e a vivência em comunidade (demonstrando que precisamos muito ainda rever e conviver com formas diversas e equilibradas entre nós, e entre outros seres vivos e nós. Sempre às 5h30, em jejum, havia treinos de capoeira informais, mas que eram os mais badalados e motivantes do evento. Em seguida, depois de reflexões sobre o treino e o andamento do evento, às 7h30 vinha a primeira refeição do dia, sempre com muita opção de comida orgânica e/ou integral. Por falar nisso, quase toda a comida do evento era produzida na própria fazenda, e preparada por uma equipe muito especial de cozinheiras! E que preparo! As atividade da manhã estavam pautadas nas vivências teóricas de permacultura, com debates, assim como das práticas, bioconstruindo, plantando, roçando, entre outras tarefas condizentes com a proposta do evento. Preferencialmente, nosso banho era no rio, todo dia (mas lembrando de usar apenas sabão de coco, por exemplo, mantendo tudo no ciclo natural dos elementos – tudo biodegradável). Suas “necessidades fisiológicas” eram realizadas em banheiro seco, aproveitando para adubar a terra. Depois do almoço, mais vivências, alternando com oficinas: conhecemos o manejo de ferramentas, o uso de ervas, de bambu, da quintessência das plantas, a construção de berimbau e da caxixi, oficinas de toque e de percussão, entre outras. Alguns treinos ou rodas aconteciam no final da tarde e à noite. Contamos com a presença de capoeiras como Mestre Lua, Mestre Cabelo, CMestra Tisza, Mestre Peninha, Mestre Angolinha, Mestre Jurandir, Mestre Índio, Mestre Valmir e Mestre Lua Rasta. Para terminar estes comentários, vale a pena ler esta cantiga, que foi uma das mais cantadas entre os participantes, dentro e fora da roda de capoeira!
“O sobrado de mamãe é debaixo d’água
debaixo d’água, por cima da areia
tem ouro, mamãe, tem prata, iabá
tem diamante que nos alumeia...”

Iêeeee!
(comentários: Sabará)

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